Polícia investiga suspeitos de usarem nome do escritório de advocacia de Ibaneis Rocha para aplicar golpe
08/11/2024
Vítimas eram induzidas a pagar por levantamento de alvarás e vitórias em ações judiciais que não existiam. Agentes cumpriram mandados no Ceará e Pernambuco. Polícia investiga suspeitos de usarem nome de autoridades e advogados em golpes
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (8), uma operação contra um grupo suspeito de usar nome de autoridades e de escritórios de advocacia para aplicar golpes virtuais (veja detalhes abaixo). A ação é coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia.
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Conforme apurado pela TV Globo, o nome do escritório do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, está entre os usados sem autorização pelos suspeitos para cometer os supostos crimes. Atualmente, ele está afastado da função por causa do cargo no governo, mas o escritório continua funcionando.
O g1 tenta contato com Ibaneis Rocha. Durante agenda oficial nesta sexta, o governador falou sobre o assunto.
"Não foi só nosso escritório. Temos outros escritórios que atuam nessa área de servidores públicos, que trabalham com precatórios, que também foram vítimas do golpe. A Polícia Civil, mais uma vez, dá um exemplo de capacidade. Faço meu agradecimento", disse o chefe do Executivo local.
Em nota, a Ibaneis Advocacia disse que, ao tomar conhecimento do golpe, "providenciou o registro de boletim de ocorrência para fins de apuração dos crimes de estelionato e falsa identidade e consequente identificação dos responsáveis". A empresa disse ainda ter divulgado alertas nas redes sociais (veja foto abaixo).
Escritório de advocacia de Ibaneis Rocha divulga comunicado nas redes sociais
Reprodução
Golpe
De acordo com as investigações, as vítimas eram induzidas a transferir para a conta de uma pessoa física valores das “custas” para o levantamento de alvarás e recebimento de valores disponíveis em supostas vitórias em ações judiciais.
Os suspeitos usavam números de processos reais e se faziam passar por advogados que de fato atuavam nas causas, ainda segundo a Polícia Civil. As investigações começaram após o sócio de um dos escritórios de advocacia usados pelos suspeitos comunicar o crime para a polícia.
Os investigadores dizem que uma das vítimas transferiu R$ 9 mil para a conta dos suspeitos. Ao todo, seis pessoas são investigadas. Uma delas está presa, cumprindo pena por homicídio.
Os agentes cumpriram doze mandados de busca e apreensão em Fortaleza, no Ceará, e Recife, em Pernambuco.
Os alvos podem responder por falsa identidade, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem cumprir penas mais de 20 anos de prisão.
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